AS APARÊNCIAS ENGANAM

29/08/2012 19:00

Durante o ministério do Profeta Isaías o povo de Israel vivia um aparente clima de religiosidade, mas tudo não passava de fachada. As mesmas pessoas que estavam sempre no templo e que ofereciam sacrifícios viviam na prática do pecado, eram injustas e falsas. Adoravam com os lábios, mas o seu coração estava longe de Deus, como Ele mesmo disse - Isaías 29.13.

Práticas religiosas em si podem revelar formalidade ou emocionalismo. "Não podemos confundir a genuína ação do Espírito com as sensações proporcionadas pela carne" (Revista Avivamento Pessoal, pág. 10). O que determina o avivamento não são essas práticas, mas relacionamento com Deus.

1. Aparências Enganam

Nas cartas endereçadas às Igrejas da Ásia Menor (Apocalipse 2 e 3) encontramos duas que aparentavam saúde e vigor, mas uma estava morta, embora parecesse viva (Sardes - Apocalipse 3.1) e outra era pobre, apesar da sua aparente riqueza (Laodicéia - Apocalipse 3.17).

Para experimentar o avivamento precisamos sair da nossa zona de conforto. Nosso relacionamento com Deus não é perfeito, então sempre há o que melhorar. Não podemos nos dar por satisfeitos, principalmente com uma vida espiritual apagada!

Satanás é o principal interessado em nos manter apáticos em nossa vida espiritual. Uma das suas estratégias é iludir as pessoas. O Pr. Marcelo Aguiar destaca que “Ele não tem escrúpulo em iludir as pessoas fazendo-as acreditar que cumprem a vontade de Deus quando, na verdade, fazem o jogo dele. Por isso, há muitos que acabam enredados nas malhas da superstição e do fanatismo. Para evitar tal perigo, outros fogem para o extremos oposto, e acabam se acomodando ao formalismo religioso. Naturalmente, nenhuma dessas duas posições ameaça o reino das trevas.” (Revista Avivamento Pessoal, pág. 10).

O cenário evangélico brasileiro é de crescimento dos evangélicos, mas junto com esse crescimento numérico, cresce o mercado da fé, o misticismo, a superstição e os desvios doutrinários. Precisamos voltar para a Palavra de Deus a fim de diferenciarmos o falso do verdadeiro.

2. Frutos Revelam

Jesus disse que os seus seguidores seriam reconhecidos pelos frutos. O parâmetro para definir se é bom o relacionamento do crente com Cristo é a evidência do fruto do Espírito (Gálatas 5.22,23). Ao contrário dos dons, que são muitos e cada um tem um ou outro, o fruto é o mesmo para todos, pois se trata do caráter de Cristo que deve ser reproduzido por nós.

“Na verdade, esse é o grande projeto do Pai: reproduzir em nós o caráter do Filho, pela ação do Espírito.” (Revista Avivamento Pessoal, pág. 11).

O verdadeiro avivamento não se processa através de acontecimentos espetaculares ou eventos extraordinários, mas através da produção diária e discreta de frutos de santidade em nós.

Citando Jonh Stott e Josenildo Silva Oliveira, o Pr. Marcelo Aguiar destaca: “Aprendemos, então, que o avivamento espiritual não é tanto uma experiêncai mística particular quanto um relacionamento moral com Deus e as pessoas ao nosso redor. Há muitos que esperam por sinais milagrosos para acreditar que o avivamento chegou. Mas as marcas do verdadeiro avivamento não são vistas acima das nossas cabeças, nem debaixo dos nossos pés. O reavivamento produz frutos éticos, e começa no trono dos nossos corações: corações que se abrem para o senhorio de Cristo, o qual é exercido por meio da direção e controle do Espírito Santo.” (Revista Avivamento Pessoal, pág. 11).

- Conclusão

Encontramos na Bíblia alguns exemplos de verdadeiros avivamentos, como na época do rei Josias e de Esdras e Neemias. Experiências que mostram como o relacionamento desses homens com Deus fez diferença em suas vidas e nas de tantos outros.

Quero finalizar apontando o avivamento da Igreja Primitiva (Atos 2.42-47) e destacando suas marcas pessoais: Fidelidade à Palavra de Deus, busca pela santificação, perseverança na oração, zelo pela comunhão fraternal, leberalidade na contribuição, comprometimento com a divulgação da fé/Evangelho, e testemunhos das obras e dos feitos de Deus.

Se queremos experimentar um avivamento precisamos retornar às origens e permitir que o Espírito Santo influencie mais a nossa vida diariamente.

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